quinta-feira, 2 de maio de 2013


ASSISTENCIALISMO E O BOLSA FAMÍLIA


O programa Bolsa Família tem recebido críticas à esquerda e à direita. A principal acusação é que ele seria um programa assistencialista. Na verdade o programa Bolsa Família como qualquer programa focalizado nos mais pobres é um programa de assistência social. No dicionário Aurélio o termo "assistência social" é definido como "serviço gratuito, de natureza diversa, prestado aos membros da comunidade social, atendendo as necessidades daqueles que não dispõem de recursos suficientes". Assistencialismo, que por sinal não consta no dicionário, é na verdade uma deformação na prestação da "assistência social", envolvendo troca de favores e critérios pouco claros na forma de seleção dos beneficiários. Portanto, um programa assistencialista é um programa de "assistência social" utilizado como mecanismo de troca de favores. Como a crítica ao Bolsa Família não se baseia apenas em numa crítica à forma de gestão, mas sim à própria natureza do programa, pode-se concluir que o que se questiona é a "oportunidade" de se ter um esse tipo de programa no Brasil. Nessa(s) visão(ões) crítica(s) o programa seria ruim por: 1) acomodar o pobre que não buscaria mais trabalho e ascender socialmente e 2) desperdiçar dinheiro público com assistência quando o que importa é gerar emprego e renda, única maneira de tirar a população da pobreza. Dar dinheiro aos mais pobres é uma idéia tão ruim assim? (...)

Seria o Bolsa Família uma versão moderna das arcaicas esmolas reais/imperiais? Poderia o Bolsa Família ter um efeito-preguiça generalizado entre os mais pobres de modo a prevenir não só a ascensão social das famílias beneficiárias como também atrapalhar o desenvolvimento econômico do país, ao desviar recursos de investimentos prioritários? (...)
Os dados da PNAD 2004, por sua vez, indicam que os indivíduos que moram em domicílios onde existe um beneficiário do Bolsa Família não têm uma taxa de participação no mercado de trabalho menor do que seus contrapartes em domicílios sem beneficiários, mas com renda similar. Ao contrário, a taxa de participação dos "beneficiários" tende a ser maior do que a taxa de participação dos "não-beneficiários". Esse resultado vale tanto para chefes e chefas de domicílio como para seus respectivos cônjuges. Por exemplo, entre os 10% mais pobres, a taxa de participação no mercado de trabalho dos moradores adultos (18 a 64 anos) é de 73% para domicílios com beneficiários e 67% para domicílios sem beneficiários. Essa maior participação se mantém para homens chefes (93% e 87%), homens cônjuges (84% e 81%), mulheres cônjuges (60% e 47%) e é, praticamente, igual para mulheres chefes (64,5% e 64,4%). Esse resultado é observado também para extratos um pouco menos pobres como o segundo, o terceiro e o quarto décimos da distribuição. (...)
Dados os resultados acima o que surpreende é que se tenha levado tanto tempo para descobrir uma maneira efetiva de reduzir a desigualdade e diminuir a pobreza: transferir renda (dinheiro) aos mais pobres! E esse dinheiro não é simples assistencialismo, como rotineiramente se lê de maneira pejorativa nos jornais. Trata-se, na verdade, de um programa de assistência social, cuja origem pode ser rastreada de maneira embriônica as experiências em nível local com o renda mínima de Campinas e o Bolsa Escola no Distrito Federal e que incorporou milhões de cidadãos brasileiros que estavam completamente desamparados da rede de proteção social existente no país até então, particularmente, as crianças em domicílios pobres. Uma política de proteção social é um elemento fundamental em qualquer democracia que pretenda estender a todos os benefícios do desenvolvimento econômico. Ainda há muito que fazer para aperfeiçoar o programa, mas transferir renda é uma função do Estado e o fato de estar distribuindo a favor dos pobres é uma ótima noticia, também, para o crescimento econômico.

(  Fábio Veras)

Proposta:

 

A partir da leitura do texto, produza um texto dissertativo argumentativo sobre o seguinte tema:

BOLSA-FAMÍLIA É UM EFICIENTE PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL OU UM OPORTUNISMO POLÍTICO?

Tema de redação


Brincadeiras bélicas?

Esta é uma pergunta que todos os pais se fazem, apavorados, no primeiro dia em que veem seu filho com uma arma de brinquedo na mão. Apresentamos aqui algumas repostas que os ajudarão a refletir sobre esta questão. Meu filho, meu pai, meu avô Sem dúvida, hoje em dia as crianças têm contato diário com imagens de violência. Basta ligar a TV ou entrar no mundo dos videogames para comprová-lo. Entretanto, as brincadeiras bélicas não são uma exclusividade dos dias atuais. Nosso pais e avôs também brincavam de guerrear. É possível que os personagens e os objetos fossem diferentes, mas estes jogos cumpriam a mesma função: imitar comportamentos agressivos de outros para expressar a própria agressividade. Função da brincadeira Convém recordar que a brincadeira exerce uma função simbólica, ou seja, permite à criança "fazer de conta" dentro de seu mundo de fantasia. Desta forma, ela experimenta comportamentos ou realidades de outras pessoas e outros mundos, reais ou imaginários. Por exemplo, o menino pode fingir ser um guerreiro medieval ou um super-herói que luta contra o mal e, depois de algum tempo, ser um ladrão que foge da polícia em um videogame. Por outro lado, a brincadeira tem o poder de fazer desaparecer, mesmo que por um instante, tudo o que perturba ou contrarie seus planos. Daí a atração que exercem os jogos de luta. No entanto, isso não significa que esta experiência formará sua vida futura. Ela terá a mesma duração da brincadeira. Vale a pena proibir? A primeira coisa a levar em conta, ao se fazer esta pergunta, é que a agressividade é própria da natureza humana. Consequentemente, ela não desaparecerá porque sua forma de expressão foi limitada. É muito comum observar crianças que não possuem brinquedos bélicos brincando com um galho de árvore como se fosse uma arma, ou inventando batalhas próprias de dos videogames. É importante considerar que as brincadeiras bélicas ajudam a criança a canalizar impulsos agressivos, evitando que se manifestem por meio de brigas com seus irmãos e colegas. Elas também contribuem para tornar mais suportável o temor diante de situações violentas do cotidiano, como roubos e sequestros, na medida em que a criança as dramatiza. Conselhos úteis O melhor é educar com o exemplo. De nada serve proibir as brincadeiras bélicas se em casa existem atitudes de falta de respeito e agressividade. É preciso ensinar a criança a resolver suas diferenças de forma pacífica, por meio do diálogo. É importante explicar a ela quais são os limites da brincadeira e que ela não deve se ferir, nem ferir os outros. Enfatize, sempre que possível, que se trata de uma brincadeira. A partir dos três anos, as crianças já sabem distinguir entre fantasia e realidade. Acima de tudo, encoraje os valores da amizade e da cooperação. Assim a criança poderá deixar em segundo plano a tendência natural à competição e à rivalidade. Na verdade, o que é preciso combater é a agressividade, não as armas que a expressam. Perguntas aos pais Se seu filho passa o dia todo brincando de guerra, é preciso refletir sobre esta atitude. - Ele não sabe como expressar seus sentimentos? - Pode estar reprimindo suas agressividade natural para agradar aos demais? - Ele dispõe de espaço e tempo suficientes para canalizar suas energias, fazendo esportes ou frequentando um parquinho? - Ele costuma presenciar discussões dentro de casa ou em outros lugares que visita? - Passa tempo demais assistindo à TV? Lembre-se, o mais importante é dialogar. À medida que fizer isso, você conhecerá melhor seu filho e saberá se ele pode estabelecer corretamente o limite entre fantasia e realidade. Por sua vez, ele se sentirá amado e ouvido, e recorrerá a você para resolver qualquer situação de conflito que o perturbe.

A partir da leitura do texto, produza uma reflexão sobre as ideias apresentadas em “brincadeiras bélicas?”

Ortografia e acentuação


QUESTÕES OBJETIVAS

           

1-(FGV) Os dois hiatos das formas verbais devem ser acentuados apenas na alternativa:

a) refluir, intuindo.                 b) construindo, destruido.                 c) caida, saiste.

d) instruido, intuir.                 e) refluira, destruindo.

 

2-(FGV) Assinale a alternativa verdadeira.

a) Nas palavras HISTÓRIA, ENQUANTO e TRANQUILO, encontramos ditongos crescentes.

b) É correta a separação silábica de BA-LEI-A, EX-CUR-SÃO, TRANS-A-MA-ZÔ-NI-CA.

c) As palavras PSEUDÔNIMO e FOTOGRAFIA têm, respectivamente dígrafo e encontro consonantal.

d) As palavras ENIGMA e SUBLINGUAL são polissílabas.

e) As palavras CHAPEUZINHO e CRISTAMENTE são proparoxítonas.

3- (FEI) Assinale a alternativa em que a palavra apresente um hiato:

a) arrogância   b) distinguia    c) mão             d) lazeira         e) transportou

4- Marque a opção em que todas as palavras apresentam um dígrafo:

a) (     ) fixo, auxílio, tóxico, exame

b) (     ) enxergar, luxo, bucho, olho

c) (     ) bicho, passo, carro, banho

d) (     ) choque, sintaxe, unha, coxa

e) (     ) Deus, luar, daí, ódio

4- Nas palavras ANJINHO, CARROCINHAS, NOSSA e RECOLHENDO, podemos destacar a seguinte quantidade de fonemas:

a) (     ) três, quatro, dois, quatro                   b) (     ) cinco, nove, quatro, oito

c) (     ) seis, dez, cinco, nove                        d) (     ) três, seis, dois, cinco

e) (     ) sete, onze, cinco, dez

 

5- Assinale a alternativa em que todas as palavras têm uma sílaba com som de /zê/:

a) peso - quinze - exame - luxo - zelo

b) esposo - confuso - êxito - passeio

c) treze - missa - mesa - casebre

d) exato - exílio - pose - cozer - frase

e) curioso - exercício - massa – casa

6-(UFSM) Assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada uma das afirmações relacionadas à análise fonológica e gráfica do segmento a seguir.

 

"Ele é especialmente sensível sobre seu excesso de peso. "

 

(     ) O fonema /s/ está representado pelas letras (s), (c) e dois dígrafos, ao passo que o fonema /z/ está representado apenas pela letra (s).

(     ) A letra (n) junta-se ao (e) formando um dígrafo para representar a vogal nasal.

(     ) As palavras "sobre" e "seu" apresentam, respectivamente, um encontro consonantal e um ditongo decrescente.

A seqüência correta é

a) V - F - F.     b) F - V - V.    c) F - F - F.     d) V - V - V.   e) V - F - V.

 7-(UFSM) A palavra SANGUESSUGA possui 11 letras, 8 fonemas e 3 dígrafos; DEMOCRACIA tem 10 letras, 1 encontro consonantal e 1 hiato. Relacione as duas colunas a seguir e depois assinale a alternativa com a seqüência correta.

 

1. república; 2. Hábito; 3. Reeleição; 4. Candidatos; 5. Corrupção; 6. excessivo

 

(     ) 9 fonemas, 1 dígrafo

(     ) 7 fonemas, 2 dígrafos

(     ) 8 fonemas, 1 dígrafo, 1 encontro consonantal

(     ) 9 fonemas, 1 encontro consonantal

(     ) 9 fonemas, 2 ditongos, 1 hiato

(     ) 5 fonemas

 

a) 6 - 4 - 1 - 5 - 3 – 2              b) 2 - 4 - 5 - 6 - 3 – 1              c) 5 - 1 - 6 - 4 - 2 - 3

d) 4 - 6 - 5 - 1 - 3 – 2              e) 3 - 5 - 2 - 6 - 4 – 1

8- Assinale a alternativa em que todas as palavras são oxítonas:

a) pavor - caju – situação       b) olé - item – também           c) criança - porém - alfinete

d) sílaba - começou – redonda           e) criança - purê – após

 

9- Assinale a alternativa em que todas as palavras são paroxítonas:

a) caju - menino – compravam           b) sozinho - Brasil - levemente

c) órfão - órgão – menos        d) irmão - triângulo - Inglaterra

e) damasco - válido – miúdo