sexta-feira, 12 de abril de 2013

organização do texto dissertativo


ORGANIZAÇÃO DO TEXTO  DISSERTATIVO

O texto dissertativo/argumentativo apresenta uma estrutura básica: introdução, desenvolvimento e conclusão.Reconhecê-las é fundamental para o entendimento do texto.

INTRODUÇÃO : Apresentação da idéia ou tese a ser exposta.
DESENVOLVIMENTO: Defesa da idéia inicial através de causas, conseqüências, exemplos e todo tipo de dado que fundamente o discurso.
CONCLUSÃO: Retomada ou não da idéia inicial ou apresentação de propostas ou soluções.

 

INTRODUÇÃO: Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver os graves problemas que preocupam a todos, pois existem populações imersas em completa miséria, a paz é interrompida freqüentemente por conflitos internacionais e, além do mais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico.

 DESENVOLVIMENTO 1: Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis – estas, mal distribuídas, quer entre Estados, quer entre indivíduos – encontramos legiões de famintos em pontos específicos da Terra. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da África, vemos com tristeza, a falência da solidariedade humana e da colaboração entre as nações.

DESENVOLVIMENTO 2: Além disso, nesta últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do Vietnã e da Coréia, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslávia, em alguns membros da Comunidade dos Estados Independentes, sem falar da Guerra do Golfo, que tanta apreensão nos causou.

DESENVOLVIMENTO 3: Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por se transformar em local inabitável.

CONCLUSÃO: Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o homem está muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária. É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras, para podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras.

OBSERVAÇÃO: O primeiro parágrafo apresenta o tópico frasal e não é muito extenso;no desenvolvimento, houve a preocupação de se desdobrar os argumentos  e utilizar nexos coesivos para relacionar os parágrafos; na conclusão, procurou-se retomar as ideias iniciais e propor soluções.

 

 

 

TEXTO ARGUMENTATIVO

     O plano-padrão  abaixo é o que se chama de argumentação formal segundo Othon M. Garcia , em sua obra  "Comunicação em Prosa Moderna”.

  1. Proposição (tese): afirmativa suficientemente definida e limitada; não deve conter em si mesma nenhum argumento.
  2. Análise da proposição ou tese: definição do sentido da proposição ou de alguns de seus termos, a fim de evitar mal-entendidos.
  3. Formulação de argumentos: fatos, exemplos, dados estatísticos, testemunhos, etc.
  4. Conclusão.

O texto argumentativo procura convencer o interlocutor sobre  a tese exposta , enquanto o dissertativo limita-se a apresentar ou expor uma idéia.    

EXEMPLO:

Até quando, São Paulo?

                        Muita gente confunde pobreza com sujeira. Nada mais errado. As pessoas humildes são exatamente as que mais valorizam o asseio, a higiene e a limpeza.

            Você já notou como é generalizado o banho dos trabalhadores da construção civil depois de uma jornada de trabalho?

            Você já reparou como são bem areadas as panelas das donas-de-casa dos domicílios das periferias?

            Você já observou a brancura das camisas e blusas dos uniformes dos seus filhos?

            O que se vê na capital de São Paulo é fruto de puro abandono e total falta de autoridade.

            São pessoas imundas que emporcalham a cidade como prova da sua selvageria e refluxo da instabilidade dos governantes.

            Uns defecam nos jardins. Outros cozinham debaixo dos viadutos. Há ainda os que penduram a roupa encardida nos galhos das árvores. Tudo a céu aberto e no maior acinte aos cidadãos que aqui vivem.

            Na ausência de um plano diretor para cuidar da habitação, avoluma-se o número de pessoas que, usando tábuas, papelão e até embalagens de geladeiras, vão se mudando definitivamente para debaixo das pontes, onde passam a residir "tranqüilamente" no meio de escandalosa sujeira.

            O mais espantoso é ver as autoridades municipais e estaduais consentirem com a multiplicação desses chiqueiros que, na verdade, são uma verdadeira provocação aos que pagam altos impostos e que têm o direito de exigir um mínimo de higiene na cidade em que habitam e trabalham.

            Já passou bastante da hora de as autoridades agirem. Eles estão atrasados há vários anos - mas têm de agir.

            Não é justo que a população como um todo seja submetida a um ambiente tão vergonhoso e deprimente como é o de São Paulo.

            Não sou saudosista a ponto de querer voltar ao tempo do prefeito Faria Lima, quando o símbolo da capital era uma bela rosa.

            Mas também não acho correto submeter um povo trabalhador a uma cidade imunda e abandonada.

            Afinal, esse povo está seguindo as regras democráticas, comparece às eleições e escolhe ordeiramente os seus vereadores, prefeitos e governantes.

            É hora de eles realizarem mais trabalho e menos política, limpando esta cidade que já foi orgulho do nosso país. Mãos à obra!

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