ORGANIZAÇÃO
DO TEXTO DISSERTATIVO
O texto
dissertativo/argumentativo apresenta uma estrutura básica: introdução,
desenvolvimento e conclusão.Reconhecê-las é fundamental para o entendimento do
texto.
INTRODUÇÃO :
Apresentação da idéia ou tese a ser exposta.
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DESENVOLVIMENTO:
Defesa da idéia inicial através de causas, conseqüências, exemplos e todo
tipo de dado que fundamente o discurso.
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CONCLUSÃO:
Retomada ou não da idéia inicial ou apresentação de propostas ou soluções.
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INTRODUÇÃO: Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver os
graves problemas que preocupam a todos, pois existem populações imersas em
completa miséria,
a paz é
interrompida freqüentemente por conflitos
internacionais e, além do mais, o meio ambiente encontra-se
ameaçado por sério
desequilíbrio ecológico.
DESENVOLVIMENTO 1: Embora o planeta
disponha de riquezas incalculáveis – estas, mal distribuídas, quer
entre Estados, quer entre indivíduos – encontramos legiões de famintos em
pontos específicos da Terra. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas
regiões da África, vemos com tristeza, a falência da solidariedade humana e da
colaboração entre as nações.
DESENVOLVIMENTO 2: Além disso, nesta
últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos conflitos internacionais
que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do
Vietnã e da Coréia, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos dias,
testemunhamos conflitos na antiga Iugoslávia, em alguns membros da Comunidade
dos Estados Independentes, sem falar da Guerra do Golfo, que tanta apreensão
nos causou.
DESENVOLVIMENTO 3: Outra preocupação
constante é o desequilíbrio
ecológico, provocado pela ambição desmedida de alguns, que
promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes
contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por
se transformar em local inabitável.
CONCLUSÃO: Em
virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o homem está
muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma
grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e
solidária. É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas
forças ameaçadoras, para podermos suportar as adversidades e construir um
mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas
gerações vindouras.
OBSERVAÇÃO: O primeiro parágrafo apresenta o tópico frasal e
não é muito extenso;no desenvolvimento, houve a preocupação de se desdobrar os
argumentos e utilizar nexos coesivos
para relacionar os parágrafos; na conclusão, procurou-se retomar as ideias
iniciais e propor soluções.
TEXTO
ARGUMENTATIVO
O
plano-padrão abaixo é o que se chama de
argumentação formal segundo Othon M. Garcia , em sua obra "Comunicação em Prosa Moderna”.
- Proposição (tese): afirmativa suficientemente
definida e limitada; não deve conter em si mesma nenhum argumento.
- Análise da proposição ou tese: definição do
sentido da proposição ou de alguns de seus termos, a fim de evitar
mal-entendidos.
- Formulação de argumentos: fatos, exemplos,
dados estatísticos, testemunhos, etc.
- Conclusão.
O texto
argumentativo procura convencer o
interlocutor sobre a tese exposta ,
enquanto o dissertativo limita-se a apresentar ou expor uma idéia.
EXEMPLO:
Até quando, São Paulo?
Muita gente confunde pobreza com
sujeira. Nada mais errado. As pessoas humildes são exatamente as que mais
valorizam o asseio, a higiene e a limpeza.
Você
já notou como é generalizado o banho dos trabalhadores da construção civil
depois de uma jornada de trabalho?
Você
já reparou como são bem areadas as panelas das donas-de-casa dos domicílios das
periferias?
Você
já observou a brancura das camisas e blusas dos uniformes dos seus filhos?
O
que se vê na capital de São Paulo é fruto de puro abandono e total falta de
autoridade.
São
pessoas imundas que emporcalham a cidade como prova da sua selvageria e refluxo
da instabilidade dos governantes.
Uns
defecam nos jardins. Outros cozinham debaixo dos viadutos. Há ainda os que
penduram a roupa encardida nos galhos das árvores. Tudo a céu aberto e no maior
acinte aos cidadãos que aqui vivem.
Na
ausência de um plano diretor para cuidar da habitação, avoluma-se o número de
pessoas que, usando tábuas, papelão e até embalagens de geladeiras, vão se
mudando definitivamente para debaixo das pontes, onde passam a residir
"tranqüilamente" no meio de escandalosa sujeira.
O
mais espantoso é ver as autoridades municipais e estaduais consentirem com a
multiplicação desses chiqueiros que, na verdade, são uma verdadeira provocação
aos que pagam altos impostos e que têm o direito de exigir um mínimo de higiene
na cidade em que habitam e trabalham.
Já
passou bastante da hora de as autoridades agirem. Eles estão atrasados há
vários anos - mas têm de agir.
Não
é justo que a população como um todo seja submetida a um ambiente tão
vergonhoso e deprimente como é o de São Paulo.
Não
sou saudosista a ponto de querer voltar ao tempo do prefeito Faria Lima, quando
o símbolo da capital era uma bela rosa.
Mas
também não acho correto submeter um povo trabalhador a uma cidade imunda e
abandonada.
Afinal,
esse povo está seguindo as regras democráticas, comparece às eleições e escolhe
ordeiramente os seus vereadores, prefeitos e governantes.
É
hora de eles realizarem mais trabalho e menos política, limpando esta cidade
que já foi orgulho do nosso país. Mãos à obra!
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